quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vamos Falar de Verdades


Em Abril de 2010


A Associação de Pais convoca uma reunião com todos os encarregados de educação da escola de Santo António das Areias.


Preocupações dos pais presentes:
- Falta de condições da Antiga Telescola e encerramento da mesma
- Agrupamento de Escolas - Transição de crianças para a escola da Portagem
- Constituição de turmas

Proposta da Associação
- Encerrar a telescola e recorrer a um monobloco climatizado (vulgo contentor)
- Reunião com o Sr. Director Regional de Educação do Alentejo (tarefa que se adivinhava difícil), para manifestar pessoalmente as preocupações dos pais presentes na reunião.


Em Julho de 2010


Reunião com o Sr. Director Regional de Educação do Alentejo na Escola da Portagem
Assuntos colocados pela Associação de Pais
- Manter o mesmo número de turmas do primeiro ciclo nas duas escolas (apesar do número reduzido de alunos em ambas as escolas)
- Encerramento da telescola
- Agrupamento de escolas
- Obras de ampliação, que se prevêem para escola da Portagem, viessem contemplar o prolongamento do ensino até ao 12º ano (escolaridade obrigatória em 2013)

Resposta do Sr. Director
- Comprometeu-se a manter o mesmo número de turmas no primeiro ciclo em ambas as escolas
- Referiu que as obras serão efectuadas através de um compromisso entre o Ministério e a Autarquia, assegurando apenas o 9º ano de escolaridade.
- Por fim surpreendeu ao anunciar que o agrupamento de escola (inscrito na carta educativa desde 2006, e relembramos que esta Associação só foi constituída em 2009) seria uma realidade no ano lectivo 2010 – 2011, com a transição de alunos do 3º ciclo de Santo António (7º, 8º e 9º de escolaridade), já este ano para a Portagem. Assim o problema da telescola ficaria resolvido.


Nestes últimos três meses muito pó se levantou à volta deste último tema. Houve comunicados á população, há um processo em tribunal, houve conversação e houve corte de relações.


Os parceiros no processo educativo entraram em acção:


Os concelhos executivos de ambas as escolas não se entenderam (o órgão de gestão de Stº António optou por se excluir do processo) e foram escolhidos apenas professores de uma das escolas, para organizar e dirigir, até Maio de 2011, todo o novo ano escolar. Chegou-se a correr o risco de ser nomeado pelo Ministério de Educação um director vindo de uma outra escola.


A Autarquia cortou relações com o Ministério da educação e instaurou um processo jurídico por não concordar com a forma como as coisas foram conduzidas. A Câmara Municipal não discute a Constituição do Agrupamento de Escolas (aceite na carta educativa), mas sim o financiamento das obras que permitam a construção de um Pavilhão, um Laboratório, uma Biblioteca e de mais algumas salas de aula na escola da Portagem.


A Associação de Pais, apesar de discordar da forma como o agrupamento foi imposto, achou que a via do diálogo era a mais correcta. E hoje não nos arrependemos:


- Temos o mesmo número de turmas no 1º ciclo, apesar da redução de alunos nas duas escolas.
- Temos mais uma turma de pré-escolar em Santo António das Areias
- Foi possível manter o 3º ciclo na escola de Santo António das Areias.
- Temos a telescola de Santo António das Areias encerrada.
- Temos o monobloco climatizado a funcionar na escola de Santo António das Areias.


Não ganhamos nada, apenas vencemos uma batalha, tranquilidade para o novo ano lectivo é o que agora se pede.


Quem souber fazer melhor que se chegue à frente
A Associação de Pais do Concelho de Marvão

2 comentários:

linda disse...

É pena termos pessoas assim e que pensam dessa maneira acabar com tudo em Santo António das Areias. Pais das crianças dessa escola não deixei que levem tudo e não deixam nada.Quando vou ai sinto me triste as fabricas fechadas, tanta gente que ai trabalhou. Mexam se

Catarina disse...

Cara Linda

Se é mãe de alguma criança que frequenta as escolas do Agrupamento de Marvão convidamo-la a "mexer-se" com a Associação de Pais. Garanto-lhe que por vezes não é fácil, mas é bastante mais compensador participar da solução do que ficar de fora a apontar o dedo aos problemas